Vezes há em que o mar
Junto à rocha vem
Seu branco nela roçar
Molhando carinhos como ninguém.
Vezes há em que o mar
À luz da lua reluz
Espelho negro singular
Que ondulando calmo seduz.
E às vezes o mar
Revolto, salga seu ar
Com golpes e torturas
E sobre as pedras nuas
Castiga esculturas.
E às vezes, só o olhar o alcança
De repente, sobre seus pés ele avança
Conjugando calmaria e inquietude
Silêncio e perturbações
Experiência e juventude
Amor e paixões
O mar flui por esse mundo
Com suas marés de imperfeições.