domingo, 27 de julho de 2014

Marés

Vezes há em que o mar
Junto à rocha vem
Seu branco nela roçar
Molhando carinhos como ninguém.

Vezes há em que o mar
À luz da lua reluz
Espelho negro singular
Que ondulando calmo seduz.

E às vezes o mar
Revolto, salga seu ar
Com golpes e torturas
E sobre as pedras nuas
Castiga esculturas.

E às vezes, só o olhar o alcança
De repente, sobre seus pés ele avança

Conjugando calmaria e inquietude
Silêncio e perturbações
Experiência e juventude
Amor e paixões
O mar flui por esse mundo
Com suas marés de imperfeições.