sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Quase velho...

Olha só...estou aqui escrevendo nos momentos que antecedem a minha entrada meu novo ano astrológico. Ok, ok, vou ser menos Raul Seixas....estou aqui, com certa perplexidade, parando pra pensar, enquanto redijo esta mensagem, que estou, de fato, ficando mais velho. É...duas dúzias de anos se passaram. Puta que pariu, quantas coisas já vi, já aprendi, já vivi, já experimentei e ainda tenho que pensar, com um pouco de frieza, que só vivi cerca de um quarto ou um terço da minha vida. O pior de tudo, ou o melhor, do segredo do viver, é que não sou e nem aprendi nada.

É estranhamente engraçada esta espiral infinita. Aprendemos, vivemos, e, ainda assim, não aprendemos nem sequer uma minúscula fração de todo conhecimento ou de todas as experiências possíveis. Se formos parar para pensar, vamos ficar loucos, tamanha a pequenice que é o nosso mundinho, as nossas coisas e, até mesmo, em alguns casos, a vida das pessoas. Quer provas? Vá para fora desta cidade, se enfie no mato ou no mar e olhe para o céu durante à noite. O que você verá é uma prova singela de que o infinito existe e de que somos pó de porra nenhuma nesse universo.

Por isso, por mais experiência que se tenha ou que se pareça ter, ainda assim seremos, em algum ou muitos pontos, eternas crianças curiosas, ingênuas e passíveis de erros.

Mas, assim devemos ser, no meu entender. Devemos sempre buscar uma evoluão, uma melhora, seja em qual for o aspecto da vida.

E é isso...

Fica aqui o registro reflexivo de alguém que está a aniversariar neste dia 28 de fevereiro.

Um brinde!! hahahaha!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Ausência temporária

Meus dedos lépidos
escreventes ferozes
estão ébrios
incapazes e sem vozes

O silêncio me invade
rouba minha criatividade
tampa a minha inspiração
abrevia a expressão de cada emoção

Aquilo que invade também preenche
de uma vez, tal qual uma enchente
que vem sem controle, que vem de repente

Sorte que isso logo embora irá
e o fim deste tempo em tempo virá
Ainda bem, pois já não suporto, sem reconhecimento, sangrar
depois de tantos anos por eles trabalhar

Meu povo e minha pova...estas últimas semanas tem sido difíceis. A comissão de formatura tem me tomado um tempo considerável. Não que isso já não tenha acontecido desde que comecei com essa história de formatura, no final de 2006. O problema é que desta vez a pressão está sendo enorme - isso já aconteceu em outras ocaisões na comissão - e que estou com o saco muito cheio. Estou esgotado...Não suportaria mais um mês à frente da comissão de formatura.

Acredito que tenha feito o meu melhor, considerando que não trabalho exclusivamente para a formatura. Tenho a minha vida, família, meu emprego (que sempre me exigiu demais), minha namorada (ai, ai...rs - suspiro) e, até o fim do ano passado, tinha a mauá na minha vida.

Não foi fácil tomar a frente de algo em que não se pode demitir ou mandar prender os subordinados que estão em desacordo com o trabalho que está sendo desenvolvido, uma vez que a comissão de formatura não é uma empresa, muito menos um quartel. Por isso, liderar sem poder punir é um desafio para poucos. Aqueles que tiverem alguma crítica sobre a minha gestão eu pediria que tentasse fazer metade do que eu fiz, no mesmo nível de qualidade. Duvido que alguém conseguiria, ainda mais conduzindo a vida particular e profissional em paralelo e com uma média de 50 e-mails por dia só sobre formatura. Sendo que nestes e-mails todo mundo "acha" tudo, todo mundo explica tudo, e cada um quer a festa do seu jeito. Tentar conciliar tantos gostos e personalidades diferentes não é uma tarefa simples, acreditem. E, bancar o mandão é o passo certo para arrumar brigas e brigas infindáveis. A liderança tem que vir por respeito e respeito não se consegue só pondo o saco na mesa, como alguns "bons de bico" pensam.

Bom, chega por hoje...isso foi um desabafo....

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Bendito calor

Como é bom viver sob nova inspiração (Fernanda, Fernandinha)...rsrs

Segue mais um texto fresquinho:

Te conheci, te reconheci. Novamente, estamos aqui. Repousei meu olhar em ti. Um bendito calor ascendeu por mim, floreando a minha visão com aquilo de mais belo, dos amores o mais etéreo. Acredito que já tinha te escolhido, mas não sei de que forma e tampouco precisar a exata hora. Somente entendo que a minha razão calou-se por um tempo e então te conheci de repente. Naquela noite, nos olhamos, rimos à volta dos desconhecidos, sorrimos mais e mais. Sorrisos dançantes, ora bailantes, mas sempre reluzentes, deveras fulgurantes. Meu pensamento em rápido reflexo, depois deste laço em nossos fios de vida ter sido dado, ainda que de modo inicial ou preliminar, erá um só: queria te desbravar, explorar, saber a sua profundidade, saber se dentro de ti ecoava alguma nota, queria achar a tão sonhada ressonância que, em consonância, exprimiria, finalmente, a cumplicidade de um amor de verdade.

Com muita curiosidade fui em frente, mas não senti riscos ao andentrar em você. Talvez eu já fosse bem-vindo e querido e, mesmo não agindo com toda a razão dominando as minhas ações, senti, pela primeira vez, que você também me adentrava, que também me queria e também me desejava. Nós nos hipnotizamos sem saber como nos desipnotizar, porque, imagino, que a graça de tudo é sempre pasmar diante de seu olhar, mesmo com os anos e anos a passar. Desta forma, descobrimos o nosso caminho de instrospecção, de calorosos afagos, meigos e doces, de uma gostosa solidão a dois, de um desbravamento conjunto, de um sentimeto mútuo.

Suas marcas estão pregadas não só em minha carne. Seu perfume sempre está nos meus alvéolos pulmonares. Sua imagem é reverenciada noite e dia, sempre e tanto, agora e sempre, pelo meu pensamento consciente e, quando fechos os olhos, pelo meu inconscinente. Quando estou longe de ti, meu pensamento foge, como água entre os dedos e vai em direção ao seu colo, ávido por seus beijos. Isso é uma dádiva. Sou abençoado pela sua santa graça.

Não quero, jamais, que sua presença saia deste ser apaixonado. Mais que suas marcas e seus perfumes, mais que a reverência da sua imagem, o que mais venero, o que mais prezo, é a sua presença, é nossa presença, juntos numa mesma cena. Assim, toda vez, o bendito calor ascenderá por mim, o bendito calor ascenderá por ti, iluminando-nos pelos nossos caminhos, de agora até o fim.