quarta-feira, 25 de março de 2009

Calmaria só depois da tempestade

E assim, este movimento lento e desatento, por vezes desalento, vai tomando a forma de uma flecha objetiva, certeira na certeza do que quer. Assim o bolo se ajeita à forma, e a forma se dilata conforme o calor que recebe e o calor se espalha pelo meio no qual a forma e o bolo estão confinados.

O caos foi a primeira forma que o tudo teve, sendo inclusive o nome do primeiro deus grego. Porém, a ordem logo veio, impondo ao caos uma trégua em seu absoluto domínio. Assim também era a noite, até que o dia vorazmente surgiu, fazendo-se verdade ante à predominância da escuridão.

Além disso, vale lembrar que só há calmaria, depois da tempestade...Depois que a torrente passa, os animais vão voltando, aos poucos, à sua rotina...é assim também a nossa vida.

Isso também acontece quando leva-se um susto, quando se dá vários pulos ou quando se fica puto. Um súbito acalorar de peito nos toma, o coração dispara, o suor verte através de nossa pele, até que...vamos nos acalmando, nos acostumando àquela inesperada situação, que causou esta enxurrada de emoção.

Novidades; experiências inéditas; confrontos de idéias nunca vividos; crises presentes do existencialismo; a busca de horizontes diferentes; o medo da não adequação ao desconhecido; tudo isso, tudo isso, pode ser comparado ao caos sendo invadido pela ordem, a luz dividindo a predominância das sombras, o susto, o pulo e o ficar puto, que são seguidos da volta à calma quando a situação volta ao normal. Tudo isso faz parte de situações que rasgam a normalidade, causam conflitos e alardes, mas, depois do pico atingir, ao normal volta tudo a fluir.

No fim, no fim das contas, é sempre assim, pra você ou para mim. Não adianta, tudo passa por um processo de acomodação, de aceitação, de costume e, principalmente de amadurecimento. Quando uma crise se instala, quando uma situação nova inesperadamente se destaca e até quando teu medo te cala, está na hora de crescer e enfrentar o problema, para que tudo volte ao curso normal, para que a vida se adapte à situação, fazendo com que ela seja normal, para que o tal "meio-termo" seja, finalmente, atingido e para que a vida faça algum sentido.

E assim vamos indo....nos adaptando às novas situações, enfrentando os problemas conforme eles surgem.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Mudanças

...E então digo ao barqueiro:
vamos remando depressa, barqueiro
o tempo que tenho é o tempo presente
vamos em busca do além mar, de modo valente

Ice as velas
corte as cordas
tudo sem demora
porque a hora é agora

A aurora rasga o horizonte
a lua se esconde atrás dos montes
os pássaros acordam famintos
é um novo dia que já vem vindo

Por quais mares hei de navegar?
De quais ondas deverei escapar?
Não tenho mapas, vou me aventurar
talvez com o pé no chão, porém com fé no meu olhar

Por onde eu andei, agora não ando mais
sei o que passei, agora quero paz
Vou navegar, por outros tantos mares
e descobrir o infinito azul em todos os seus ares.

Só direi uma coisa....nunca é cedo ou tarde para fazer mudanças na vida...

TIME TO CHANGE!!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Aos pais...

Pessoal, boa noite!

Vou postar hoje a mensagem que escrevi e li em homenagem aos pais na colação de grau. Agora que essa loucura de comissão de formatura acabou, vou voltar a postar as minhas idéias aqui...

segue o texto


Aos Pais

Sem vocês nós aqui não estaríamos. Sem vocês, de nós nada saberíamos. Sem vocês, não poderíamos assim triunfar. Sem vocês, não iríamos ter o que comemorar. Sem vocês, forças nós não teríamos, para enfrentar esta ímpar etapa da vida. Como pudemos chegar até aqui, senão pelo apoio incondicional de vocês? Seja pela presença física, seja pela lembrança viva, vocês, presentes, que aqui estão sentados ou, ausentes, que estarão para sempre aqui guardados (nesta hora eu ponho a mão no coração), serão sempre a nossa fonte de inspiração.

Durante o curso, quando ameaçamos tropeçar, quando titubeamos entre ir ou ficar, desistir ou persistir, quando, naqueles difíceis momentos, pensamos que poderia ser deste sonho o fim, vocês lá estavam, seja em pensamento, lembrança ou corpo presente, para nos guiar.

Que foi difícil chegar aqui, nem é preciso dizer. Vocês claramente bem sabem o que se passou para um filho engenheiro ser. Vocês puderam acompanhar a loucura do nosso eterno ofício de estudar. Estudávamos sempre, parecia que estávamos acometidos por uma doença permanente. Às vezes nos isolávamos, às vezes nem com a família falávamos, às vezes no silêncio a concentração buscávamos, e isso nem sempre garantia, por uma grande ironia, que um bom resultado nas provas nós teríamos. Mas vocês sempre souberam entender que fácil não poderia este caminho de estudos ser.

Por estas tantas e inumeráveis razões, que foge a qualquer uma das equações, agradecemos vocês, de todo nosso coração, pelo amor, pelo apoio e pela fé que tiveram em nossos sonhos. Além disso, ainda que inventem palavras mais belas do que as que dispomos, ainda que inventem melodias mais doces do que as que já conhecemos, ainda que inventem outras formas do homem se expressar, não existirá, por certo, algo para sintetizar o enorme sentimento que em nosso interior há por vocês, nossos pais, por terem nos ajudado em nosso caminhar. Tendo isso em vista, por mais simples que possa parecer, não nos resta muito a dizer a não ser um mais que emocionado "muito obrigado".