Olá!
Bom...não preciso nem comentar o que aconteceu na manhã de hoje na minha amada terra dos canais: Veneza! E a minha intenção é não comentar para poupar os meus nervos para amanhã, que pode ser um dia tão caótico quanto o de hoje.
No meio da lama toda, um comentário, uma resposta, me chamou a atenção e me deixou particularmente puto hoje. Durante a entrevista coletiva, o nosso prefeito Gilberto Kassab disse que não iria suspender as multas de rodízio aplicadas hoje, pois a forte chuva começou de madrugada e as pessoas já sabiam disso e, portanto, se saíram de casa é porque devem arcar com as consequências dos próprios atos.
O que o prefeito quis dizer, na minha opinião, foi o seguinte: FODAM-SE!! Demorou mais que duas horas para fazer um caminho que demoraria 40 min. e ainda por cima tomou multa? Então, foda-se, obedeça a lei ainda que a cidade esteja no caos que estava!
Imaginem a seguinte situação: uma pessoa sai de sua casa às 6h da manhã para chegar no seu trabalho às 6h50, pois hoje é o dia do rodízio de seu carro. Então, a pessoa descobre, no seu trajeto ao trabalho, que a cidade está um caos por causa das chuvas. Aí, esta pessoa fica presa no trânsito, no centro expandido, por mais de uma hora. Em suma, por conta de força maior, de algo que escapa ao controle até das autoridades esta pessoa acaba sendo multada por uma infração que não faz o menor sentido ser aplicada, tendo em vista o caos em que a cidade estava.
Além disso, mesmo sabendo do caos da cidade não são todos que podem faltar aos seus trabalhos ou, ainda, chegar tarde. O Sr. Prefeito deveria ter o mínimo de sensibilidade com as pessoas que precisam fazer arte TODOS OS DIAS para se deslocar por essa cidade, ainda mais nos dias de chuva!
Francamente, a prefeitura precisa mesmo disso?? Precisa ter esse tipo de atitude mesquinha e nada compreensível com a realidade de sua população?? Qualquer criança de cinco anos sabe que em dia de chuva essa cidade é travada em termos de trânsito, então, pergunto: será que o prefeito sabe disso?
Em suma, não vou entrar aqui no julgamento da gestão do Kassab ou de outros prefeitos que o antecederam, pois, pelo que acompanho pela Internet, são raras as pessoas que sabem discutir algum assunto de opiniões divergentes com o mínimo de civilidade. E é até por isso que não fico entrando muito nesse assunto por aqui. Mas hoje achei demais o prefeito ter tomado essa atitude...
Aliás, por falar em atitude, quando será tomada alguma atitude no Jd. Pantanal e no Jd. Romano? As chuvas passam e as chuvas vem, e os moradores continuam lá, debaixo d'água....
Enfim, foi um desabafo.....
.....
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Desânimo político
Este talvez não seja o assunto mais atual, mas tenho pensado sobre isso muito ultimamente. O que acontece com os cidadãos desse nosso país que permanecem imóveis diante das maiores atrocidades no âmbito da política?
Nestas últimas semanas a mídia tem veiculado o caso do governador Arruda do DF, além do polêmico Programa Nacional de Direios Humanos (PNDH). No caso do governador, até foram às ruas alguns manifestantes, principalmente os ligados aos partidos de esquerda, tal como PSTU. Mas, ao mesmo tempo, houve também manifestações (pasmem) a favor do governador. Mas, o pior de tudo não está na pouca manifestação, e sim no fato de que um suspeito de envolvimento no escandalo vai julgar o caso.
No caso do PNDH está havendo uma verdadeira movimentação de entidades representativas de setores da sociedade, pois o programa trata de assuntos polêmicos, cujas discussões ainda não encontraram pontos pacíficos satisfatórios. Estes assuntos são, entre outros: aborto, união civil entre pessoas do mesmo sexo, reintegração de posse e a famosa "comissão da verdade", que seria responsável por fiscalizar o conteúdo jornalístico.
Além de órgãos representativos, como, por exemplo, CNBB, OAB, CUT, as Forças Armadas também se manifestaram (contra) bem como os órgãos de imprensa.
Mas, diante de tudo isso, do que foi o ano passado em termos de escândalos políticos e de assuntos polêmicos no âmbito da nossa vida como cidadãos que volta e outra vêm à tona, pergunto: onde está a opinião da população? O que as pessoas, no geral, pensam sobre isso?
Quando houve aquela série de escândalos em Brasília, onde estávamos? Vivíamos nesse país? Nos manifestamos contra aquilo? Fizemos valer o nosso poder de maioria? Fizemos valer o nosso poder de outorgantes de poder e não de simples comandados?
Pois é...
Não estou aqui dizendo que temos que sair às ruas colocando fogo nos colchões ou mesmo perder dia de trabalho para fazer manifestações. Estou aqui somente questionando o motivo que nos levou à adoção de uma postura inerte.
Quantos de nós pelo menos mandou um singelo e-mail a um deputado ou político reclamando? Não que um e-mail isoladamente vá adiantar, mas é, no mínimo, um ato de manifestação de indignação.
Independentemente do partido que você possa ser simpático ou pertencer, temos direitos, vivemos num Estado Democrático de Direito e, principalmente, temos força de povo. Vale lembrar aqui que o poder só é legítimo se há consentimento popular. Sem consentimento popular o governo pode até ser legal, mas não é legítimo. Portanto, se a situação está como está, a culpa é nossa.
Este post é apenas para iniciar uma reflexão neste ano de eleições. Vamos pensar melhor nisso....
Nestas últimas semanas a mídia tem veiculado o caso do governador Arruda do DF, além do polêmico Programa Nacional de Direios Humanos (PNDH). No caso do governador, até foram às ruas alguns manifestantes, principalmente os ligados aos partidos de esquerda, tal como PSTU. Mas, ao mesmo tempo, houve também manifestações (pasmem) a favor do governador. Mas, o pior de tudo não está na pouca manifestação, e sim no fato de que um suspeito de envolvimento no escandalo vai julgar o caso.
No caso do PNDH está havendo uma verdadeira movimentação de entidades representativas de setores da sociedade, pois o programa trata de assuntos polêmicos, cujas discussões ainda não encontraram pontos pacíficos satisfatórios. Estes assuntos são, entre outros: aborto, união civil entre pessoas do mesmo sexo, reintegração de posse e a famosa "comissão da verdade", que seria responsável por fiscalizar o conteúdo jornalístico.
Além de órgãos representativos, como, por exemplo, CNBB, OAB, CUT, as Forças Armadas também se manifestaram (contra) bem como os órgãos de imprensa.
Mas, diante de tudo isso, do que foi o ano passado em termos de escândalos políticos e de assuntos polêmicos no âmbito da nossa vida como cidadãos que volta e outra vêm à tona, pergunto: onde está a opinião da população? O que as pessoas, no geral, pensam sobre isso?
Quando houve aquela série de escândalos em Brasília, onde estávamos? Vivíamos nesse país? Nos manifestamos contra aquilo? Fizemos valer o nosso poder de maioria? Fizemos valer o nosso poder de outorgantes de poder e não de simples comandados?
Pois é...
Não estou aqui dizendo que temos que sair às ruas colocando fogo nos colchões ou mesmo perder dia de trabalho para fazer manifestações. Estou aqui somente questionando o motivo que nos levou à adoção de uma postura inerte.
Quantos de nós pelo menos mandou um singelo e-mail a um deputado ou político reclamando? Não que um e-mail isoladamente vá adiantar, mas é, no mínimo, um ato de manifestação de indignação.
Independentemente do partido que você possa ser simpático ou pertencer, temos direitos, vivemos num Estado Democrático de Direito e, principalmente, temos força de povo. Vale lembrar aqui que o poder só é legítimo se há consentimento popular. Sem consentimento popular o governo pode até ser legal, mas não é legítimo. Portanto, se a situação está como está, a culpa é nossa.
Este post é apenas para iniciar uma reflexão neste ano de eleições. Vamos pensar melhor nisso....
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