terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Desânimo político

Este talvez não seja o assunto mais atual, mas tenho pensado sobre isso muito ultimamente. O que acontece com os cidadãos desse nosso país que permanecem imóveis diante das maiores atrocidades no âmbito da política?

Nestas últimas semanas a mídia tem veiculado o caso do governador Arruda do DF, além do polêmico Programa Nacional de Direios Humanos (PNDH). No caso do governador, até foram às ruas alguns manifestantes, principalmente os ligados aos partidos de esquerda, tal como PSTU. Mas, ao mesmo tempo, houve também manifestações (pasmem) a favor do governador. Mas, o pior de tudo não está na pouca manifestação, e sim no fato de que um suspeito de envolvimento no escandalo vai julgar o caso.

No caso do PNDH está havendo uma verdadeira movimentação de entidades representativas de setores da sociedade, pois o programa trata de assuntos polêmicos, cujas discussões ainda não encontraram pontos pacíficos satisfatórios. Estes assuntos são, entre outros: aborto, união civil entre pessoas do mesmo sexo, reintegração de posse e a famosa "comissão da verdade", que seria responsável por fiscalizar o conteúdo jornalístico.

Além de órgãos representativos, como, por exemplo, CNBB, OAB, CUT, as Forças Armadas também se manifestaram (contra) bem como os órgãos de imprensa.

Mas, diante de tudo isso, do que foi o ano passado em termos de escândalos políticos e de assuntos polêmicos no âmbito da nossa vida como cidadãos que volta e outra vêm à tona, pergunto: onde está a opinião da população? O que as pessoas, no geral, pensam sobre isso?

Quando houve aquela série de escândalos em Brasília, onde estávamos? Vivíamos nesse país? Nos manifestamos contra aquilo? Fizemos valer o nosso poder de maioria? Fizemos valer o nosso poder de outorgantes de poder e não de simples comandados?

Pois é...

Não estou aqui dizendo que temos que sair às ruas colocando fogo nos colchões ou mesmo perder dia de trabalho para fazer manifestações. Estou aqui somente questionando o motivo que nos levou à adoção de uma postura inerte.

Quantos de nós pelo menos mandou um singelo e-mail a um deputado ou político reclamando? Não que um e-mail isoladamente vá adiantar, mas é, no mínimo, um ato de manifestação de indignação.

Independentemente do partido que você possa ser simpático ou pertencer, temos direitos, vivemos num Estado Democrático de Direito e, principalmente, temos força de povo. Vale lembrar aqui que o poder só é legítimo se há consentimento popular. Sem consentimento popular o governo pode até ser legal, mas não é legítimo. Portanto, se a situação está como está, a culpa é nossa.

Este post é apenas para iniciar uma reflexão neste ano de eleições. Vamos pensar melhor nisso....

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