terça-feira, 5 de abril de 2011

Déficit de subjetividade

Esse trecho me fez formular uma série de novos pensamentos. Achei muito bom!

"(...) Vivemos em um tempo de déficit de subjetividade. O que isso quer dizer? Que há um empobrecimento na experimentação de formas de vida. Os grandes mitos da sociedade hoje são, quase sempre, figuras cuja presença no imaginário das pessoas se deve a um aparato aurático produzido pela repetição infinita de sua imagem nos meios de comunicação de massa. Para além ou aquém dessa aura midiática, pouco resta.

Assim, os ícones do espetáculo não se apresentam como referências para experimentações de formas de vida, e a arte - embora, a meu ver, viva um momento histórico vigoroso - não se apresenta, observando em termos de tendências gerais, como uma convergência do ético com o estético. (...)"

"(...) Em um momento como esse, em que experimentações de formas de subjetivação ao nível dos afetos, da produção de relações, são desencorajadas pela sociedade do consumo e do espetáculo, os valores que Vinicius [de Moraes] faz circular na cultura (em suas letras, mas também em todo o rastro de signos que disseminou em sua passagem) tornam-se, mais do que desejáveis, urgentes: o amor, a amizade, a invenção de formas de vida, a exploração corajosa do amplo território da imanência. A vida."

Trecho do texto "Altas Intensidades" de autoria do escritor Fernando Bosco, extraído do site do Vinícius de Moraes (http://www.viniciusdemoraes.com.br/site/article.php3?id_article=1261o)


Um comentário:

  1. Gu, acho q eu interpretei esse texto de uma forma diferente... Vamos ter q tomar mais umas pra discutir!!! Rsss... Bjo

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