Essa eu escrevi pensando "manda quem pode e obedece quem tem juízo"...rs.
Entre altos e baixos
Ora feliz, ora com raiva
Seus cambalachos
Fazem do erro dádiva
Agradar-te: só às vezes,
Pois o “pra sempre”
Sempre é incerto
E ao passar os meses
Por favor, me lembre
Que não sou inerte
Pois, entre altos e baixos
Ora feliz, ora com raiva
Seus cambalachos
Fazem do erro dádiva
Se me pedir, eu vou,
Eu volto, eu deixo
Se me pisar, eu deixo,
Mas, não volto e te dou
Um adeus e me vou
Pro meu aconchego
E quando passar os meses
Quero que se lembre
Que não sou inerte
Pois te agradar às vezes,
Não consigo sempre
Nesse humor incerto
Pois, entre altos e baixos
Ora feliz, ora com raiva
Seus cambalachos
Fazem do erro dádiva
Na malandragem retórica
Dilui a falsa simpatia
Canta música, conta anedota
Tapando erros com poesia
Se me pedir, eu endosso,
Volto, finjo e gosto
Se reclamar, sou surdo,
Burro, finjo e curto
E se me pisar, eu deixo,
Mas não volto e te dou
Um adeus e me vou
Pro meu aconchego
E quando passar os meses
Quero que se lembre
Que não sou inerte
Pois, dos seus altos e baixos
de felicidade e de raiva
vou me cansar
e dos seus cambalachos
que fazem do erro dádiva
vou me afastar,
finalmente e basta!