Essa eu escrevi pensando "manda quem pode e obedece quem tem juízo"...rs.
Entre altos e baixos
Ora feliz, ora com raiva
Seus cambalachos
Fazem do erro dádiva
Agradar-te: só às vezes,
Pois o “pra sempre”
Sempre é incerto
E ao passar os meses
Por favor, me lembre
Que não sou inerte
Pois, entre altos e baixos
Ora feliz, ora com raiva
Seus cambalachos
Fazem do erro dádiva
Se me pedir, eu vou,
Eu volto, eu deixo
Se me pisar, eu deixo,
Mas, não volto e te dou
Um adeus e me vou
Pro meu aconchego
E quando passar os meses
Quero que se lembre
Que não sou inerte
Pois te agradar às vezes,
Não consigo sempre
Nesse humor incerto
Pois, entre altos e baixos
Ora feliz, ora com raiva
Seus cambalachos
Fazem do erro dádiva
Na malandragem retórica
Dilui a falsa simpatia
Canta música, conta anedota
Tapando erros com poesia
Se me pedir, eu endosso,
Volto, finjo e gosto
Se reclamar, sou surdo,
Burro, finjo e curto
E se me pisar, eu deixo,
Mas não volto e te dou
Um adeus e me vou
Pro meu aconchego
E quando passar os meses
Quero que se lembre
Que não sou inerte
Pois, dos seus altos e baixos
de felicidade e de raiva
vou me cansar
e dos seus cambalachos
que fazem do erro dádiva
vou me afastar,
finalmente e basta!
Achei seu texto brilhante.É engraçado como as vezes temos que repetir essa tal submissão de ser pisado até cansar dessa rotina.Quantas vezes esse poema se repete até chegar no finalmente basta?!
ResponderExcluirThanks!
ResponderExcluirExato! É exatamente isso que quis retratar. Essa relação de submissão inserida numa rotina e repelida tão somente no nosso íntimo até que...até que explodimos e dizemos basta. Mais precisamente, pensei num ambiente de trabalho, pois este é um lugar comum onde essa "engolição" de sapo acontece com frequência.
Pra ser sincero, não sei quantas vezes ele se repete rsrs.
Ninguém nunca sabe quantas vezes vai repetir,ou quantas vai aguentar viver nessa rotina maçante.As vezes a gente acha que saímos dessa submissão e logo depois já estamos inseridos em outro ciclo interminável.Seus textos são ótimos para refletir sobre fatos cotidianos.
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