quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Seu Humor

Essa eu escrevi pensando "manda quem pode e obedece quem tem juízo"...rs.

Entre altos e baixos

Ora feliz, ora com raiva

Seus cambalachos

Fazem do erro dádiva


Agradar-te: só às vezes,

Pois o “pra sempre”

Sempre é incerto


E ao passar os meses

Por favor, me lembre

Que não sou inerte


Pois, entre altos e baixos

Ora feliz, ora com raiva

Seus cambalachos

Fazem do erro dádiva


Se me pedir, eu vou,

Eu volto, eu deixo


Se me pisar, eu deixo,

Mas, não volto e te dou

Um adeus e me vou

Pro meu aconchego


E quando passar os meses

Quero que se lembre

Que não sou inerte


Pois te agradar às vezes,

Não consigo sempre

Nesse humor incerto


Pois, entre altos e baixos

Ora feliz, ora com raiva

Seus cambalachos

Fazem do erro dádiva


Na malandragem retórica

Dilui a falsa simpatia

Canta música, conta anedota

Tapando erros com poesia


Se me pedir, eu endosso,

Volto, finjo e gosto


Se reclamar, sou surdo,

Burro, finjo e curto


E se me pisar, eu deixo,

Mas não volto e te dou

Um adeus e me vou

Pro meu aconchego


E quando passar os meses

Quero que se lembre

Que não sou inerte


Pois, dos seus altos e baixos

de felicidade e de raiva

vou me cansar

e dos seus cambalachos

que fazem do erro dádiva

vou me afastar,

finalmente e basta!

3 comentários:

  1. Achei seu texto brilhante.É engraçado como as vezes temos que repetir essa tal submissão de ser pisado até cansar dessa rotina.Quantas vezes esse poema se repete até chegar no finalmente basta?!

    ResponderExcluir
  2. Thanks!

    Exato! É exatamente isso que quis retratar. Essa relação de submissão inserida numa rotina e repelida tão somente no nosso íntimo até que...até que explodimos e dizemos basta. Mais precisamente, pensei num ambiente de trabalho, pois este é um lugar comum onde essa "engolição" de sapo acontece com frequência.

    Pra ser sincero, não sei quantas vezes ele se repete rsrs.

    ResponderExcluir
  3. Ninguém nunca sabe quantas vezes vai repetir,ou quantas vai aguentar viver nessa rotina maçante.As vezes a gente acha que saímos dessa submissão e logo depois já estamos inseridos em outro ciclo interminável.Seus textos são ótimos para refletir sobre fatos cotidianos.

    ResponderExcluir