sábado, 4 de janeiro de 2014

Saturno

Depois de uns dias passados de frente para o mar, eis o resultado. Mais uma poesia de minha criação.

Saturno

De repente, tudo caiu
Os velhos pratos da estante
Até um vaso ruiu
Ao meu querer, não obstante

O Sol de cada dia
Que brilha sempre; sempre igual
Nascente, a pino e poente.
Passou por questionamento infernal

Até minha Lua, oh! amada
Inocente; foi posta à prova
Sem que pudesse fazer nada

A Noite moribunda
Vagabunda e boêmia
Divertida e efêmera
Seria quiçá imunda?

O Mar do instável
E dos movimentos de maré
Potentado e implacável
É mesmo profundo como a fé?

Sol de cada dia,
Minha Lua, amada,
A Noite divertida
E o Mar de fachada
Antes sólidos
Hoje melancólicos
Antes verdadeiros
Hoje desordeiros
Estão prostrados
De olhos cerrados
Meditando indagações.

Itanhaém, 03 de janeiro de 2014.