Saturno
De repente, tudo caiu
Os velhos pratos da estante
Até um vaso ruiu
Ao meu querer, não obstante
O Sol de cada dia
Que brilha sempre; sempre igual
Nascente, a pino e poente.
Passou por questionamento infernal
Até minha Lua, oh! amada
Inocente; foi posta à prova
Sem que pudesse fazer nada
A Noite moribunda
Vagabunda e boêmia
Divertida e efêmera
Seria quiçá imunda?
O Mar do instável
E dos movimentos de maré
Potentado e implacável
É mesmo profundo como a fé?
Sol de cada dia,
Minha Lua, amada,
A Noite divertida
E o Mar de fachada
Antes sólidos
Hoje melancólicos
Antes verdadeiros
Hoje desordeiros
Estão prostrados
De olhos cerrados
Meditando indagações.Itanhaém, 03 de janeiro de 2014.
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