O peso que hoje me pesa
Mais pesado não houvera
E mais pesado há de ficar
O ombros que o escora
Estão tortos a essa hora
E doloridos hão de ficar
O passo lento que hoje impera
Já foi rápido em outra era
E mais devagar há de ficar
Minha cabeça que tanto opera
Pouco grisalha pouco careca
Sem um fio sobrará
E dos tantos amigos que tivera
Hoje tão poucos, antes uma leva
Quem restará?
E os desejos que antes tivera
Tanta paixão, tanta guerra
A morte os levará
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
Ofício
07/02/2019
Piso em cobras ou delas me desvio
Ouço murmúrios e alguns gemidos
Vejo o diabo, por trás de cada face
Vejo tudo como é e sem disfarce
Cada um é uma peça
E um jogador audaz
Como peça é peão
Como jogador, capataz
Quando falo, ouvem
Quando saio, falam
Quanto estou, calam
Quando vou, traem
E tudo é vigiado
E tudo é comentado
Olhos carniceiros me veem
Olhos vorazes me comem
Cada gesto é notícia
E vira assunto do dia
Me recolho e me afundo no silêncio
Para na lacuna encontrar a paz
Só digo o que não diz o sentimento
Para na razão encontrar a paz
Oculto, então, a minha essência
para não fraquejar na resistência
Piso em cobras ou delas me desvio
Ouço murmúrios e alguns gemidos
Vejo o diabo, por trás de cada face
Vejo tudo como é e sem disfarce
Cada um é uma peça
E um jogador audaz
Como peça é peão
Como jogador, capataz
Quando falo, ouvem
Quando saio, falam
Quanto estou, calam
Quando vou, traem
E tudo é vigiado
E tudo é comentado
Olhos carniceiros me veem
Olhos vorazes me comem
Cada gesto é notícia
E vira assunto do dia
Me recolho e me afundo no silêncio
Para na lacuna encontrar a paz
Só digo o que não diz o sentimento
Para na razão encontrar a paz
Oculto, então, a minha essência
para não fraquejar na resistência
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
Pressa
Tudo corre ao meu redor
Eu corro também, não sou melhor
O tempo passa, passa
Passa, passa veloz
E cada passo é raso, falho, feio e atroz
Tenho pressa, muita pressa
Atropelo a sesta
Não sinto festa
Enrugo a testa
Me falta o ar! Que horas são?
Hoje não!
Não consigo parar!
Apesar de tentar
As pernas, que são boas
nunca ficam à toa
Eu quero parar!
Mas que horas são?
Meu Deus! Hoje não!
Eu corro também, não sou melhor
O tempo passa, passa
Passa, passa veloz
E cada passo é raso, falho, feio e atroz
Tenho pressa, muita pressa
Atropelo a sesta
Não sinto festa
Enrugo a testa
Me falta o ar! Que horas são?
Hoje não!
Não consigo parar!
Apesar de tentar
As pernas, que são boas
nunca ficam à toa
Eu quero parar!
Mas que horas são?
Meu Deus! Hoje não!
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