terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Ausência temporária

Meus dedos lépidos
escreventes ferozes
estão ébrios
incapazes e sem vozes

O silêncio me invade
rouba minha criatividade
tampa a minha inspiração
abrevia a expressão de cada emoção

Aquilo que invade também preenche
de uma vez, tal qual uma enchente
que vem sem controle, que vem de repente

Sorte que isso logo embora irá
e o fim deste tempo em tempo virá
Ainda bem, pois já não suporto, sem reconhecimento, sangrar
depois de tantos anos por eles trabalhar

Meu povo e minha pova...estas últimas semanas tem sido difíceis. A comissão de formatura tem me tomado um tempo considerável. Não que isso já não tenha acontecido desde que comecei com essa história de formatura, no final de 2006. O problema é que desta vez a pressão está sendo enorme - isso já aconteceu em outras ocaisões na comissão - e que estou com o saco muito cheio. Estou esgotado...Não suportaria mais um mês à frente da comissão de formatura.

Acredito que tenha feito o meu melhor, considerando que não trabalho exclusivamente para a formatura. Tenho a minha vida, família, meu emprego (que sempre me exigiu demais), minha namorada (ai, ai...rs - suspiro) e, até o fim do ano passado, tinha a mauá na minha vida.

Não foi fácil tomar a frente de algo em que não se pode demitir ou mandar prender os subordinados que estão em desacordo com o trabalho que está sendo desenvolvido, uma vez que a comissão de formatura não é uma empresa, muito menos um quartel. Por isso, liderar sem poder punir é um desafio para poucos. Aqueles que tiverem alguma crítica sobre a minha gestão eu pediria que tentasse fazer metade do que eu fiz, no mesmo nível de qualidade. Duvido que alguém conseguiria, ainda mais conduzindo a vida particular e profissional em paralelo e com uma média de 50 e-mails por dia só sobre formatura. Sendo que nestes e-mails todo mundo "acha" tudo, todo mundo explica tudo, e cada um quer a festa do seu jeito. Tentar conciliar tantos gostos e personalidades diferentes não é uma tarefa simples, acreditem. E, bancar o mandão é o passo certo para arrumar brigas e brigas infindáveis. A liderança tem que vir por respeito e respeito não se consegue só pondo o saco na mesa, como alguns "bons de bico" pensam.

Bom, chega por hoje...isso foi um desabafo....

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