Terminal – 08/10/2012
E tantos são os caminhos que se cruzam,
E diversas são as direções
que em silêncio se esbarram
Em um esbarrar sem colisões
Plurais também são os olhares...
Olhares que não se encontram,
que apenas olham...
olham ao longe ou focados ante ao chão.
Assim são todos os dias...
Mundos enciclopédicos anônimos,
solitários monumentos de beleza e elegância,
mentes desejosas pela ambição e progresso,
ocupados, apressados e atarefados,
inseguros de primeira viagem e até mágicas crianças,
passam por seus longos corredores.
Sem que se conheçam,
sem que se reconheçam,
sem que se encontrem,
sem que se toquem
e sem que troquem lições, piadas,
carinho, risadas,
amizade e algo livre de maldade.
Todos preferem seguir através da solidão coletiva,
fechados em seus problemas,
egos, pressa,
preconceitos e dilemas.
E, tudo isso é uma pena,
pois numa Terra tão pequena
de vidas não serenas,
repetimos em padrões,
receitas para vivência e experiências.
Deixando passar entre o passo a passo,
um quem sabe amigo, vizinho,
amor, aliado ou irmão.
Mesmo não gostando de métrica, procuro, na medida do possível, fazer boas rimas. Mas, neste caso, não tive como colocar as rimas em todas as estrofes. A grande questão é que as palavras utilizadas representam exatamente o que queria expor. E, neste caso, colocá-las nas coleiras das rimas poderia trazer malefícios à expressão do que senti quando escrevi.
Outro fator que cooperou para a ausência de rimas é que este texto foi escrito como prosa, inicialmente. Achei por bem transformá-lo em versos para dar um certo ritmo à leitura, além de tornar esta leitura mais amigável do ponto de vista estético.
OLá, gostei!Acho as rimas bacanas, mas, como você disse, elas não devem ser colocadas a frente dos sentimentos. Parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigado! O sentimento deve extravasar os limites e ser colocado no "papel". Colocar para fora o que pensamos e sentimos é algo bastante importante e enriquecedor. Uma pena que os tempos atuais atrofiaram as trocas
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