segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Angústia


Angústia – 14/08/2012

Os velhos braços esticados
E suspensos ao custo de força e dor
Estão dirigidos aos rumos intricados
E clamam pelo regresso ao amor
Que resta ao longe, quem sabe ao norte
Ao alcance dos olhos e quem sabe da sorte

O meio tempo aprisiona
Depois do rumo decidido
O entre-tempos confina
Enquanto nada for definido

A face foi deteriorada; é irreconhecível
Pois a expressão fora de longe alterada
Por uma instável maré irascível
Lançada sobre a vida que foi mudada

A espera cansa e retarda
Projeto e ambição sonhada
O porvir se torna coisa
Impossível de ser alcançada

Os joelhos se dobram,
as mãos se juntam.
Tudo é tempestuoso.
Os quereres se prostram,
mas o tempo é impiedoso
e os pensamentos se inundam.

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