As folhas sobre a mesa, imóveis
Os afazeres suspensos, inconclusos
Bilhetes com lembretes óbvios
Um pesar assim inoportuno
E-mails esperam sem resposta
Ligações perdidas se acumulam
Mesmo quando alguém bate à porta
A fúnebre sala em nada muda
Reuniões, a esperar, adiadas
Discussões, a acontecer, deixadas
Brigas e rixas terminadas
A ausência se torna profunda
Os inimigos perdem a natureza
Os amigos perdem a companhia
Remanesce nenhuma certeza
É assim o ceifar da vida.
Hoje faleceu uma colega minha de trabalho. Embora não tenhamos sido amigos e até tenhamos tido nossas diferenças em termos profissionais, senti muito a sua partida. Deixo aqui no blog o que consegui elaborar a partir do luto.
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