sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Olhando da margem

Um olhar vascilante, jogado para o chão
A feição murcha, não é vibrante
Vazia de toda disposição

O silêncio ao sol pálido da tarde
Os afazeres sem ceder se amontoam
A solidão dos dias sem alarde
Te engolem, te drenam, te enjoam

O mais do mesmo sem fim
Num mar de azedume sem horizonte
Rodando e rodando, enfim
Num espera fria, aguda e tonteante

Encoberta a tua alma de amargor
Sem saber como estancar tua sangria
Fico às margens, junto com a tua alegria
Esperando o cessar do dissabor.

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