O começo

O Começo

Fecham-se as cortinas
Extinguem-se as expectativas
Anuncia o bater das palmas
A liberdade do sofrer das almas

Tendo sido bom ou não
Do espetáculo só enraízam-se as emoções
Experimentadas ou vividas de coração
Frustradas ou adiadas quiçá em vão

Um marco insigne então se faz
Momento ímpar para refletir em paz
Se de frente para o mar, num cais
Teu pensamento em metáfora lá estás

Remando para dentro de ti
Encontras teus demônios, tudo enfim
E de face com tua encenação neste teatro
Haverá de julgar teu certo, teu errado

Se se avaliar de forma indolente
Não haverá salvação ou um indulgente
Para ínclitos méritos a ti creditar
Pelos seus erros negligenciar

Se conhecer é se perdoar
Saber que vai rir e chorar
Reconhecer que poderá errar
Para melhor a vida protagonizar

Porquanto é saliente este instante
O fim de um ato não é distante
Tanto assim que agora estamos aqui
Aguardando novo começo, meio e fim.

Relutei bastante em postar esse poema. Pra falar a verdade, morro de vergonha deles. Sempre depois que os termino (e com esse não foi diferente) nunca acho que está bom o suficiente.

Mas, aproveitando essa época do ano em que todos, quase sem exceção, estão tendendo à instrospecção, reforma íntima, auto-avaliação, resolvi postá-lo. Estava com essa idéia há tempos, mas hoje recebendo mensagens de fim de ano e, principalmete, depois de ter lido o Blog da Dani (http://labelladejour.blogspot.com/) acabei por terminá-lo. Portanto, este está bem fresquinho, se tiver escapado algum erro, por favor, me falem.

Conforme for, vou postar outros tantos que já tenho prontos, mas isso será com o tempo....rsrs

Abraços e, já adiantando, Feliz Natal, para quem não ler o blog amanhã!