Há umas duas semanas fui ao aniversário de uma amiga minha que, num espírito de saudosismo, escolheu o Kazebre Rock Bar para ser o local da comemoração da festa. Esta minha amiga estudou comigo da 5ª à 8ª série e, naquela época, éramos rockeiros "roxos", por assim dizer. Cultuávamos o "deus rock and roll". Só o rock prestava, os outros ritmos eram lixo.
Nunca tinha ido nesse bar de rock. Lá eu senti o verdadeiro espírito rock and roll, a começar pelo estilo do bar, constituído por diversos ambientes rústicos, mas, ainda, ao ar livre, com direito a fogueira e tudo mais.
Nesse bar pude perceber que ali sim estava o rock and roll de verdade. Não só pelas bandas que estavam tocando os grandes clássicos do rock, mas também pelo fato das pessoas se comportarem rockeiros de verdade. Além das vestimentas peculiares, a atitude rock and roll, tão conhecida por todos, estava estampada no jeito de andar, falar, gritar os refrões e, sobre tudo, no pouco se importar para que os outros poderiam achar.
Vou ser mais específico. Primeiro, todos ali estava caracterizados como rockeiros, ou seja, homens de cabelo comprido e barba, mulheres com cabelos coloridos, sendo que quase todos estava de preto e/ou com camisetas de banda e/ou com piercings, entre outros adereços e peças do estilo do rock. Segundo, todos ali, enquanto as bandas tocavam, iam para a pista chaqualhar o corpo ao ritmo da música, sendo que muitos até faziam "bate-cabeça" e pulavam do palco para serem aguarrados pelos braços da multidão.
Outro ponto a se salientar é que as bandas faziam covers de bandas conhecidas, mas não tocavam as musicas comerciais dessas bandas, e, mesmo assim, o povo na pista cantava em uníssono todas as letras que, para os comuns, é desconhecida.
Em resumo, eu vi um lugar no qual jovens e adultos libertam uma parte autência de seus espíritos, coisa que não poderiam fazer no dia-a-dia da sociedade. Naquele local eles estavam vivendo numa dimensão espacial e temporal, na qual eles podem tomar atitudes tidas como bobas e que naquela dimensão são tidas como normais.
Esta demonstração de liberdade e de autenticidade talvez acabe se mostrando um pouco caricata, pois são poucos os locais e os momentos em que se pode libertar seus demônios. Assim, dada esta raridade, esse acúmulo é descarregado de forma abrupta cada vez que tem oportunidade.
Cocluindo, eu vi que o Kazebre Rock Bar é uma das últimas moradas do rock genuíno, do rock autêntico. Lá o rock and roll ainda é vivido em suas características essenciais. Não ouvi as bandas de lá tocarem Simple Plan, Panico at the Disco ou outras bandas desse novo rock and roll emergente.
É uma pena que, para esses rockeiros autênticos, os locais desse estilo mais genuíno do rock estão diminuindo a cada dia que passa aqui em São Paulo. Além dos locais, as rádios que tocam essencialmente rock and roll também minguaram, restando apenas a Kiss FM. Esses e outros fatores me fazem crer que o estilo rockeiro que cultua as bandas dos anos 70, 80 e 90, o qual se pode chamar de rockeiro de verdade, está acabando. Bom, mas isso é assunto para um outro post. Fico por aqui.
Nunca tinha ido nesse bar de rock. Lá eu senti o verdadeiro espírito rock and roll, a começar pelo estilo do bar, constituído por diversos ambientes rústicos, mas, ainda, ao ar livre, com direito a fogueira e tudo mais.
Nesse bar pude perceber que ali sim estava o rock and roll de verdade. Não só pelas bandas que estavam tocando os grandes clássicos do rock, mas também pelo fato das pessoas se comportarem rockeiros de verdade. Além das vestimentas peculiares, a atitude rock and roll, tão conhecida por todos, estava estampada no jeito de andar, falar, gritar os refrões e, sobre tudo, no pouco se importar para que os outros poderiam achar.
Vou ser mais específico. Primeiro, todos ali estava caracterizados como rockeiros, ou seja, homens de cabelo comprido e barba, mulheres com cabelos coloridos, sendo que quase todos estava de preto e/ou com camisetas de banda e/ou com piercings, entre outros adereços e peças do estilo do rock. Segundo, todos ali, enquanto as bandas tocavam, iam para a pista chaqualhar o corpo ao ritmo da música, sendo que muitos até faziam "bate-cabeça" e pulavam do palco para serem aguarrados pelos braços da multidão.
Outro ponto a se salientar é que as bandas faziam covers de bandas conhecidas, mas não tocavam as musicas comerciais dessas bandas, e, mesmo assim, o povo na pista cantava em uníssono todas as letras que, para os comuns, é desconhecida.
Em resumo, eu vi um lugar no qual jovens e adultos libertam uma parte autência de seus espíritos, coisa que não poderiam fazer no dia-a-dia da sociedade. Naquele local eles estavam vivendo numa dimensão espacial e temporal, na qual eles podem tomar atitudes tidas como bobas e que naquela dimensão são tidas como normais.
Esta demonstração de liberdade e de autenticidade talvez acabe se mostrando um pouco caricata, pois são poucos os locais e os momentos em que se pode libertar seus demônios. Assim, dada esta raridade, esse acúmulo é descarregado de forma abrupta cada vez que tem oportunidade.
Cocluindo, eu vi que o Kazebre Rock Bar é uma das últimas moradas do rock genuíno, do rock autêntico. Lá o rock and roll ainda é vivido em suas características essenciais. Não ouvi as bandas de lá tocarem Simple Plan, Panico at the Disco ou outras bandas desse novo rock and roll emergente.
É uma pena que, para esses rockeiros autênticos, os locais desse estilo mais genuíno do rock estão diminuindo a cada dia que passa aqui em São Paulo. Além dos locais, as rádios que tocam essencialmente rock and roll também minguaram, restando apenas a Kiss FM. Esses e outros fatores me fazem crer que o estilo rockeiro que cultua as bandas dos anos 70, 80 e 90, o qual se pode chamar de rockeiro de verdade, está acabando. Bom, mas isso é assunto para um outro post. Fico por aqui.
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