Existem, sim, letras e mais letras, poemas e mais poemas, que versam e cantam sentimentos diversos. Porém, por mais belas e esculpidas que sejam as palavras, algumas só fazem sentido quando nos identificamos, por completo, com uma situação ou quando temos gosto por uma ou outra música.
Neste sentido, eu poderia aqui rasgar os meus velhos versos, no meu velho vício de transformar sensações em poesia. Todavia, é fato que, mesmo aqueles que estão acostumados a escrever e a se expressar, às vezes, tem seu pensamento e sua voz tomadas por um vazio inexplicável, causado por sensações ainda indescritíveis.
Por isso, faço minhas as palavras da música cantada pelo saudoso Frank Sinatra, traduzida abaixo:
Tradução de Strangers in the night - composta por: Bert Kampfert, Charlie Singleton e Eddie Snyder
Estranhos na noite, trocando olhares
Imaginando, na noite, quais seriam as chances
De estarem comungando do amor
Antes na noite terminar
Algo em seus olhos era tão convidativo
Algo no seu sorriso era tão cheio de vida
E algo no meu coração
me disse que eu deveria ter você
Estranhos na noite, duas pessoas solitárias
Nós éramos estranhos na noite
Até o momento
Quando nós dissesmos nosso primeiro "olá"
Nós mal sabíamos
que o amor surgiria apenas num olhar
Num abraço caloroso e dançante
E desde aquela noite, nós estamos juntos
Amantes ao primeiro olhar e no amor eterno
E deu tudo muito certo
Para nós, estranhos na noite
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Sonho
As vezes uma situação não está nítida, mas, mesmo assim, está ótima de ser sentida. Ainda que seja só um sonho, ainda que fulgaz seja este devaneio, seus sentimentos são verdadeiros.
Enfim, uma vez ouvi de um compositor que é difícil resistir à tentação de imprimir em seus versos o que viveu. Neste sentido, faço exatamente isso nesse poema. Pego uma situação vivida e ponho nesses versos, descrevendo as sensações e não a situação de forma analítica.
Sonho
Rumei ao longínquo e nada vi
O branco do dia não esvaeceu
Mas em meio à intempérie te vi
E algo inesperado se sucedeu
Não sentia o frio do vento
Que cortava sem dó meu rosto
e de repente do céu azul
alguém te trouxe
e desse céu azul
ainda sinto seu beijo doce
E uma leve brisa de verão
Veio logo pegar em minha mão
Com um toque suave e delicado
De carícias me fez lisonjeado
Levitei ao toque floral de sua pele
Que doces pétalas de beleza primaveril
Envolvi-me nos encantos da alva epiderme
E só queria deles sair quando fosse senil
Foi então que seu rosto eu vi
E agraciado com o resplendor eu fui
Mas foi sem os olhos que eu vi
Das belezas a mais indizível
Que rósea repousa nos lábios
E matreira foge à lógica dos sábios
Mas o vento voando vai
Soprando seu andar pelo ar
Levando o que de bom há
Inclusive esse meu sonhar
Se pudesse assim sempre sonhar
Seria esse o pedido para eternizar
Se um dia Deus viesse me visitar
Ou se achasse um gênio por aí a andar.
Enfim, uma vez ouvi de um compositor que é difícil resistir à tentação de imprimir em seus versos o que viveu. Neste sentido, faço exatamente isso nesse poema. Pego uma situação vivida e ponho nesses versos, descrevendo as sensações e não a situação de forma analítica.
Sonho
Rumei ao longínquo e nada vi
O branco do dia não esvaeceu
Mas em meio à intempérie te vi
E algo inesperado se sucedeu
Não sentia o frio do vento
Que cortava sem dó meu rosto
e de repente do céu azul
alguém te trouxe
e desse céu azul
ainda sinto seu beijo doce
E uma leve brisa de verão
Veio logo pegar em minha mão
Com um toque suave e delicado
De carícias me fez lisonjeado
Levitei ao toque floral de sua pele
Que doces pétalas de beleza primaveril
Envolvi-me nos encantos da alva epiderme
E só queria deles sair quando fosse senil
Foi então que seu rosto eu vi
E agraciado com o resplendor eu fui
Mas foi sem os olhos que eu vi
Das belezas a mais indizível
Que rósea repousa nos lábios
E matreira foge à lógica dos sábios
Mas o vento voando vai
Soprando seu andar pelo ar
Levando o que de bom há
Inclusive esse meu sonhar
Se pudesse assim sempre sonhar
Seria esse o pedido para eternizar
Se um dia Deus viesse me visitar
Ou se achasse um gênio por aí a andar.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Para que servem as comunidades do Orkut??
Olá! Antes de começar a escrever sobre o tema do post, já quero deixar claro que não estou aqui para impor a minha opinião como única e absoluta. Só gostaria de convidá-los a uma reflexão...
Toda vez que você abre o seu Orkut, lá estão elas: as comunidades. "Odeio isso", "amo aquilo", "eu tenho isso" e "eu sou aquilo" são fórmulas que geralmente fazem parte dos títulos das comunidades. Mas, agora, cá entre nós, quantos realmente participam das comunidades que possuem cadastradas em seus perfis? Imagino que muito poucos, ou, quiçá, ninguém. Então, pergunto, para que servem as comunidades do Orkut, uma vez que não são mais, essencialmente, fóruns de discussão apenas.
Muitos (incluindo eu) têm essas comunidades como uma espécie de mostruário ou vitrine de gostos, preferências e demais características que desejam deixar explícita. Nesse cenário, as comunidades servem como um marketing pessoal ou como pontos, ainda que desconectados, que pertencem à personalidade da pessoa. Assim, através do conjunto destes pontos (comunidades) é possível formar, ainda que de maneira tendenciosa, uma opinião preliminar sobre quem é aquela pessoa.
Outros, além desta utilidade citada, de fato entram nas comunidades e participam dos fóruns. Porém, estas pessoas não discutem temas relativos ao título da comunidade. Estas pessoas fazem joguinhos do tipo: "o que vc acha da pessoa acima", "vai ou não vai na pessoa acima" e outras variações desse "pêra, uva, maçã e salada mista" do mundo virtual (lembram-se do grupo molejo? rs). Em resumo, estas pessoas fazem da comunidade um passatempo que pouco leva em consideração os assuntos que seriam objetos de discussão.
Por fim, em menor número, há aquelas pessoas que realmente discutem os temas relativos ao título da comunidade. Mas não pensem que estes usuários da rede têm um lugar no paraíso pelo fato de usarem o fórum da comunidade para o fim que ele se presta. Dentro deste grupo de internautas existe muita gente, quase a maioria, que, diante de uma discussão qualquer, faz questão de transformar a oposição de opiniões um verdadeiro "programa do ratinho", daquela época do exame DNA.
É incrível ver como as pessoas, em alguns casos, já iniciam a discussão enunciando sua opinião como uma lei indiscutível, o que, obviamente, provoca uma reação à altura por parte de outros usuários e, consequentemente, termina na baixaria. Em outros casos, a discussão até começa numa boa, mas, em algum momento, alguém faz questão de mostrar, de forma não amistosa, que possui um indizível cabedal (ou que não possui, mas finge que possui) e que a idéia em discussão é uma porcaria, que não serva pra nada ou algo do tipo. Aí, nem preciso falar muito mais. Tudo termina na baixaria.
Tendo notado isso, nesse tempo de ócio que tive no feriado, comecei a me perguntar qual é a real utilidade das comunidades do orkut. Antes, idealizadas como fóruns de discussão; hoje corrompidas em sua função por aqueles que entram para fazer joguinhos e corrompidas em seus valores pelo desrespeito e pela agressão gratuita entre os debatedores. Nesse caso, eu acho que elas só servem para marketing pessoal mesmo, salvo exceções, uma vez que toda generalização é burra.
Existem sim, só pra citar, algumas exceções, como, por exemplo, algumas comunidades de música e/ou eventos, entre outras comunidades de outros tipos. Aí sim vale a pena participar, pois as pessoas colocam conteúdo na comunidade. Mas, salvo exceções, vejo as comunidades do orkut com esta opinião que expus.
E vocês? Já pensaram nisso?
--> É claro que existem temas melhores para se pensar, como por exemplo, a exploração do Pré-sal, as medidas de diminuição de emissão de poluentes que o Lula vai anunciar na Suíça ou o aumento dos gastos de marketing dos governos Serra e Aécio (2010 está chegando...). Mas, estes temas eu deixo para os jornalistas. Gosto de discutir estes temas, mas não no meu blog. Só os discutirei se assim eu desejar, mas deixo claro que não é o propósito majoritário aqui. <--
domingo, 4 de outubro de 2009
Inspiração pessimista, lição otimista
Poderia eu escrever sobre o amor
ah! sim, aquele que é ântonimo da dor
mas, que no fim das contas, é a própria dor
Então, eu poderia escrever sobre os amigos
Exatamente, aqueles que não são os seus inimigos
Mas, hoje em dia não é tão fácil distinguir
quem é seu amigo e quem é seu inimigo
pois a hipocrisia pode os fazer fingir
Deixando de ser pessimista
acho que deveria escrever sobre a vida
aquela mestra dos mistérios
a senhora do destino certo
Mas ainda assim a vida
sempre tão corrida
em verdade nos leva
em direção à sua contrária
para o fundo da terra
e de maneira arbitrária
Se alguém desse modo pensar
e vier lhe vender esta idéia
dê ouvidos e esteja a olvidar
pois pensar assim é moléstia
tudo viver pensando no final
em tudo sentir o amargo putrefazer
é um desgosto ansioso sem igual
e a receita certa para o espírito fenecer
ah! sim, aquele que é ântonimo da dor
mas, que no fim das contas, é a própria dor
Então, eu poderia escrever sobre os amigos
Exatamente, aqueles que não são os seus inimigos
Mas, hoje em dia não é tão fácil distinguir
quem é seu amigo e quem é seu inimigo
pois a hipocrisia pode os fazer fingir
Deixando de ser pessimista
acho que deveria escrever sobre a vida
aquela mestra dos mistérios
a senhora do destino certo
Mas ainda assim a vida
sempre tão corrida
em verdade nos leva
em direção à sua contrária
para o fundo da terra
e de maneira arbitrária
Se alguém desse modo pensar
e vier lhe vender esta idéia
dê ouvidos e esteja a olvidar
pois pensar assim é moléstia
tudo viver pensando no final
em tudo sentir o amargo putrefazer
é um desgosto ansioso sem igual
e a receita certa para o espírito fenecer
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