Escrevi esta em 2009...e só estou postando agora....
Depois de um banho demorado – 10/06/2009
Nu em um banheiro
Me olho num espelho
Não vejo o paradeiro
Mas sinto seu rastro no meu peito
Ainda em meio à nevoa
Com o corpo molhado
Procuro na mente uma trégua
uma liberdade de um pecado
Assim me deixo levar
Para um lugar atemporal
onde seria possível errar
e errar e errar
e ter o poder de consertar
Mas a água sobre o corpo
Se resfria num instante
E o que era quente
Agora é morto
A névoa se esvaece
E o que vejo em minha frente
Apesar de ser sorridente
Com seu estigma permanece
Depois de arrefecido
Só o frio é meu “amigo”
E essa frígida companhia
Que figura como inimigo
Quando você está em minha vida
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