sábado, 11 de julho de 2009

Labirinto

Não é fácil achar um rumo
Onde nem o horizonte delimita o seu mundo
Não é nada fácil atravessar o labirinto
Se os caminhos nele são infinitos

A cada porta atravessada
Um quarto usado
Uma sala bagunçada
Ou um encontro com o passado

A cada parede à frente
O fim de uma tentativa
O aprendizado e a lição de vida
A razão para se manter sorridente

Para passar, é preciso ter precaução
Pois se guiando pela razão
Apenas um caminho certo pode achar
E se guiando pelo coração
Muitos caminhos errados pode encontrar

Usando seus instintos
Você pelo menos não se perde
Mas usando esses instintos
A um novo caminho você nunca cede

Não há respostas, não há mágica
Não há coisa certa ou coisa fática
Também não há saída
Tampouco esperança perdida
Pois está num lugar
de missões não concluídas
e pode por isso vagar
até construir a sua saída.

Pense no labirinto como uma escolha ou como a sua vida (amorosa, familiar, profissional ou pessoal). São infinitas as possibilidades e os caminhos a serem percorridos. Não há certo ou errado absoluto ou, ainda, uma receita mirabolante que equacione a sua vida. Só existe o seu poder de decisão e as decisões podem fazer você se perder num labirinto ou até criar caminhos novos, quando tudo parece perdido.

Isso é o que significa labirinto para mim, nessa poesia. Interprete como quiser. Não gosto de fazer interpretações dos meus versos, pois prefiro que cada um interprete à sua maneira, mas nesse caso, resolvi abrir uma exceção.

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