terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Abrindo o baú - Parte 1: Maldito Calor

Sem pestanejar, vou começar, a partir de agora, a descarregar aqui no blog o "baú" de coisas escritas, prontas, que já tenho.

Vou começar com um texto escrito láááá....no ano passado....hahaha! 2008 foi um ano que proporcionou muitas emoções...eis o resultado de algumas delas....

"Te olhei, te vi, repousei meu olhar em ti. O maldito calor ascendeu por meus órgãos. Não tive escolha, de modo cego, de razão, então te conheci. Nos olhamos, rimos, à volta de todos sorrimos, risos dançantes, ora em minha face ora em doce boca tua. Ao acaso assim nos encontramos. Meu pensamento em rápido reflexo, depois deste laço em nossos fios de vida ter sido dado, ainda que fraco ou incosistiente, era um só: queria te desbravar, explorar, saber sua profundidade, saber se dentro de ti ecoava alguma nota, queria achar a ressonância. Olha só eu pensando em física...ê engenharia que encravou em minha vida.

Com muita curiosidade, me arrisquei, adentrei em você. Talvez não fosse bem-vindo e tampouco querido, mas, novamente, não pensei. Você me hipnotizou, usou suas artimanhas, felina ardilosa com seu corpanzil esbelto de cotonornos ternos, com seu sorriso sempre vistoso e seus cabelos ostentosos. Transformou meu corpo em uma forma sem vida, sedenta apenas por seus encantos. Como pôde? Você traiu minha razão, colocou por terra meu caminho de instrospecção. Páre! Mas...mas agora eu sei, é tarde.

Suas marcas, sem minha vontade, restam ainda pregadas em minha carne. Seu perfume incrustado ainda está nos aoveulos pulmonares. Sua imagem é reverenciada pelo meu inconsciente, rezo pra ti involuntariamente cada vez que meu pensamento foge, como água entre os dedos, e vai em direção ao teu colo, ávido por teus beijos. Isso é moléstia, é castigo, não te controlo dentro de mim.

Porém, será que quero que sua presença saia do meu ser assolado? Acho que isso tudo, inexplicavelmente resiste em sair, porque, de alguma forma, não quero só suas marcas, ou perfumes, quero te possuir, ter você, em fusão, junto de mim. E essa moléstia é aquilo que mais perto sinto deste possível nosso ardor, sua lembrança é o que de mais perto faz sentir a sua presença. Complicado ou não, é o que sinto, toda vez que por meus órgãos ascende o maldito calor".

3 comentários:

  1. Pois é... citando Roberto Carlos:

    "São tantas emoções"... haha

    Bjs

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  2. Caraca.. que beleza.. Gostei muito... Depois vc me conta pra quem foi.. rs... ou não... hahahha..

    Beiiiijjjoooss

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  3. nunca revelo quem são as minhas musas. Faz parte do mistério da poesia...hahaha!

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